Supermercado adota tecnologia antifurto para azeite e bebida alcoólica e gera debate nas redes sociais

Cairo Costa
Cairo Costa

Clientes têm chamado estabelecimento de “tirânico” por exigir um processo de quatro etapas para ter acesso aos produtos

Um armário tecnológico instalado na rede de supermercados Tesco, no Reino Unido, tem causado revolta entre consumidores nas redes sociais. O equipamento pede que os consumidores cumpram um processo de quatro etapas, em uma tela sensível ao toque, para ter acesso a bebidas alcoólicas. O estabelecimento também adotou um sistema para se proteger de furtos de outros itens premium, como azeite de oliva.

De acordo com informações do Daily Mail, o dispositivo responsável por proteger as bebidas, chamado de Freedom Case, possibilita que o supermercado tenha acesso a informações sobre a quantidade de vezes que o armário foi aberto, por quanto tempo, quais itens foram removidos e potenciais “comportamentos suspeitos”. Tudo por meio de inteligência artificial.

A precaução, no entanto, tem gerado revolta entre os consumidores, que reclamam nas redes sociais, chamando a rede de “tirânica”. A Tesco não respondeu aos pedidos de comentários do veículo.

Uma das postagens, feita pela radialista Lorraine King, mostra todo o processo que é necessário para ter acesso às garrafas de espumante, por exemplo. Ela descreveu: “Fui ao Tesco comprar uma garrafa de champanhe para o aniversário do meu amigo e me deparei com isso. Só posso imaginar que esteja fazendo algum tipo de reconhecimento facial antes de o gabinete ser desbloqueado”. King é uma mulher negra.

A suposição dela foi endossada por outros usuários, que comentaram o post e dizem ter visto seguranças por perto do armário. De acordo com o Daily Mail, a Tesco negou, anteriormente, que a captura de imagens fosse utilizada para o funcionamento dos armários.

Outros clientes continuaram repercutindo a decisão da rede nos comentários. Alguns justificaram que seria uma forma de a empresa se proteger contra “ladrões que entram tirando bebidas das prateleiras e saindo, com etiquetas e tudo”, enquanto outros mostraram preocupação com os limites do uso da tecnologia dentro do varejo: “A Tesco está se tornando mais tirânica, com seu uso de tecnologia. Isso não é bom”.

Movimentos parecidos têm sido feitos por supermercados em outros países, sobretudo diante da alta do preço do azeite de oliva. Na Espanha, por exemplo, supermercados têm adotado até cadeados para proteger o produto contra furtos. Já no Brasil, empresas como Extra e Pão de Açúcar usam lacres antifurto nas garrafas, e o supermercado Mambo aumentou o número de seguranças por loja .

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