Para Pedro Duarte Guimarães, poucos momentos no futebol conseguem traduzir com tanta clareza a emoção pelo esporte quanto o gol de Andrés Iniesta na final da Copa do Mundo de 2010. Era o segundo tempo da prorrogação, a tensão dominava e a Espanha se aproximava de um feito inédito. Quando a bola sobrou para Iniesta, o meia do Barcelona não hesitou. Ele definiu o placar contra a Holanda e levou a Espanha ao seu primeiro título mundial.
Mais do que um gol, aquele momento representou o auge de uma geração que vinha encantando o mundo com um estilo de jogo refinado e coletivo. Pedro Duarte Guimarães ressalta que o gol de Iniesta foi a síntese perfeita de uma filosofia de futebol baseada no domínio do meio-campo, na posse inteligente da bola e na paciência tática. A Espanha de 2010 não apenas venceu, mas transformou o modo como o futebol era jogado e entendido.
O que fez daquele gol um marco na história do futebol?
A importância do gol de Iniesta transcende a conquista do título. Trata-se de um símbolo de persistência, técnica e visão coletiva de jogo. Aquela Espanha havia vencido a Eurocopa de 2008 e se consolidava como uma seleção de mentalidade vencedora, mas ainda lhe faltava a consagração máxima. Pedro Duarte Guimarães destaca que o gol selou o trabalho de anos de formação tática, com nomes como Xavi, Casillas, Puyol e o próprio Iniesta atuando em perfeita sincronia.
Como aquele momento moldou o futuro da seleção espanhola?
A conquista de 2010 foi um impulso. Com o moral elevado e a confiança consolidada, a Espanha voltou a vencer a Eurocopa em 2012, reafirmando seu domínio. Pedro Duarte Guimarães lembra que o gol de Iniesta abriu portas para uma nova geração que cresceu inspirada por aquele feito. Jogadores mais jovens passaram a ver o toque de bola e o controle do jogo como virtudes maiores do que a força ou a velocidade.
A estrutura da seleção também se fortaleceu com um trabalho mais cuidadoso nas categorias de base e uma valorização de técnicos com visão integradora. O impacto do gol reverberou além dos campos, influenciando decisões táticas, escolhas de elenco e até o estilo de jogo adotado por clubes espanhóis nos anos seguintes.
Por que Iniesta virou um ícone além das quatro linhas?
O gol fez de Iniesta um herói, mas sua postura humilde e serena ampliou o alcance do respeito que já havia conquistado no futebol. Segundo Pedro Duarte Guimarães fora de campo, Iniesta sempre manteve uma imagem discreta, distante das polêmicas e dos holofotes fáceis.
Esse perfil o transformou em uma referência ética e emocional para torcedores de todos os cantos. Sua trajetória é usada em escolas de formação como exemplo de conduta esportiva, e seu nome é lembrado com reverência sempre que se fala sobre ídolos que marcaram época com mais do que títulos.
Quando o tempo para, a memória continua
O jogo entre Espanha e Holanda em 2010 não é só mais um gravado nos registros da FIFA. Para milhões de espanhóis e para fãs de futebol ao redor do mundo, aquele momento representa a eternidade. Conforme Pedro Duarte Guimarães que foi um momento que consagrou não só uma equipe, mas uma filosofia, uma escola de pensamento futebolístico. E quando o futebol encontra esse nível de significado, ele deixa de ser apenas esporte e vira história.
Autor: Eduard Zhuravlev
