Brasil teve redução de homicídios em 2024 e aponta avanços no combate à violência

Eduard Zhuravlev
Eduard Zhuravlev

Brasil teve redução de homicídios em 2024 de forma significativa, com queda de 6,33 por cento no número de assassinatos dolosos em comparação com o ano anterior. O Mapa da Segurança Pública, divulgado em 12 de junho de 2025, revela que o país registou 35.365 mortes violentas intencionais, contra 37.754 registadas em 2023. O dado é considerado um reflexo direto da implementação de políticas públicas voltadas à segurança e à prevenção, segundo avaliação do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O ministro Ricardo Lewandowski destacou que o Brasil teve redução de homicídios em 2024 como resultado de estratégias consistentes e integradas entre governos estaduais e o Governo Federal. Entre as medidas mencionadas estão a repressão qualificada ao crime organizado, o uso racional e progressivo da força pelas polícias e o fortalecimento dos instrumentos de investigação. O ministro salientou que o cenário ainda é preocupante, mas os dados reforçam que o país está no caminho certo.

Além da constatação de que o Brasil teve redução de homicídios em 2024, o levantamento também apontou quedas em outros indicadores de criminalidade. Houve recuos em furtos e roubos de veículos, assaltos a instituições financeiras e roubos de cargas. A violência letal praticada por agentes do Estado também foi reduzida em mais de quatro por cento, o que, segundo Lewandowski, está relacionado a programas de qualificação das forças de segurança e ao uso de tecnologias como câmeras corporais.

Apesar de o Brasil ter tido redução de homicídios em 2024, alguns indicadores preocupam, sobretudo no que diz respeito à violência contra mulheres. Embora o número de homicídios femininos tenha caído oito por cento, os feminicídios aumentaram ligeiramente, passando de 1.449 para 1.459 casos, mantendo uma média de quatro mulheres assassinadas por dia. O número de estupros também teve ligeira elevação, ultrapassando 71 mil ocorrências no ano, o que reforça a urgência de políticas públicas mais efetivas na proteção das mulheres.

Diante deste cenário, o ministro anunciou novos investimentos como resposta ao fato de que, apesar de o Brasil ter tido redução de homicídios em 2024, ainda há áreas vulneráveis e populações em risco. Entre os destaques está o programa Antes que Aconteça, que visa reforçar a rede de apoio às vítimas de violência doméstica, com foco na prevenção. Além disso, o Ministério da Justiça lançou o Programa Nacional das Salas Lilás, criado para garantir acolhimento especializado a mulheres e meninas em situação de violência nas instituições públicas.

Outro ponto relevante apresentado no relatório é a redução das mortes de policiais. O Brasil teve redução de homicídios em 2024 inclusive entre agentes de segurança, passando de 6.391 para 6.134 casos. Essa diminuição é atribuída à adoção de protocolos mais rigorosos sobre o uso progressivo da força e ao fortalecimento das práticas de mediação e controle de conflito. A iniciativa do Governo Federal em repassar mais de 65 milhões de reais aos estados para a implantação de câmeras corporais também tem contribuído diretamente para a proteção dos profissionais de segurança.

O levantamento ainda indicou que o Brasil teve redução de homicídios em 2024 mesmo com o aumento no número de pessoas desaparecidas, que subiu 3,01 por cento em relação a 2023. Contudo, também houve crescimento de 6,42 por cento na taxa de localização de desaparecidos, o que mostra um avanço na coordenação entre órgãos de segurança e bases de dados. A ausência de um sistema nacional unificado para os dados de segurança continua sendo um desafio, mas o governo apresentou uma proposta de emenda à Constituição para padronizar as informações no país inteiro.

Portanto, embora desafios persistam, os dados indicam que o Brasil teve redução de homicídios em 2024 e avança na consolidação de políticas de segurança mais humanas, racionais e eficazes. A integração entre entes federativos, o investimento em tecnologia, o aperfeiçoamento das práticas policiais e o foco na prevenção foram elementos centrais nesta mudança. Com a continuidade dessas estratégias, espera-se não apenas manter a tendência de queda como aprofundar as reformas necessárias para garantir a segurança de toda a população.

Autor: Eduard Zhuravlev

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