Em 2024, o Brasil alcançou um marco histórico ao registrar a menor taxa média de desemprego desde que o IBGE começou a calcular esse índice em 2012. A taxa média de desemprego foi de 6,6%, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada no dia 31 de janeiro de 2025. Este resultado reflete uma tendência positiva no mercado de trabalho brasileiro, que tem mostrado sinais de recuperação e crescimento. No último trimestre de 2024, a taxa de desemprego foi ainda mais baixa, atingindo 6,2%, o que demonstra uma melhoria contínua nas condições de emprego no país.
A população desocupada média em 2024 foi de 7,4 milhões de pessoas, o que representa uma redução significativa de 13,2% em relação ao ano anterior, quando o número era de 8,5 milhões. Essa diminuição no número de desempregados é um indicativo de que mais brasileiros estão conseguindo se reinserir no mercado de trabalho. O IBGE classifica como desocupadas as pessoas que não estão empregadas, mas que estão ativamente em busca de uma oportunidade de trabalho. Essa definição é importante para entender a dinâmica do emprego no Brasil e como as políticas públicas podem influenciar esses números.
Além da queda na taxa de desemprego, o Brasil também bateu um recorde no número de pessoas ocupadas em 2024, com mais de 103,3 milhões de trabalhadores. Este número representa um aumento de 2,6% em relação a 2023, quando havia 100,7 milhões de pessoas empregadas. O nível de ocupação, que é a proporção de pessoas empregadas em relação à população total de 14 anos ou mais, cresceu para 58,6%, um aumento de 1,0 ponto percentual em relação ao ano anterior. Este é o maior nível de ocupação já registrado na série histórica, superando o recorde anterior de 2013.
Os dados sobre a ocupação incluem diversas categorias de trabalhadores, como empregados no setor privado, funcionários públicos, empreendedores e autônomos. Em 2024, o número de empregados com carteira assinada foi de 38,7 milhões, representando um aumento de 2,7%. Por outro lado, o número de trabalhadores sem carteira assinada também cresceu, alcançando 14,2 milhões, um aumento de 6%. No entanto, o número de trabalhadores domésticos caiu para 6 milhões, uma diminuição de 1,5%. Esses números refletem a diversidade do mercado de trabalho brasileiro e as diferentes formas de ocupação que existem no país.
A taxa de informalidade, que inclui trabalhadores que não têm um contrato formal, foi de 39% em 2024, ligeiramente inferior aos 39,2% do ano anterior. A soma dos ocupados e desocupados totaliza a população na força de trabalho do Brasil, que ficou em 110,7 milhões em 2024, um aumento em relação aos 109,1 milhões de 2023. Esses dados são fundamentais para entender a dinâmica do mercado de trabalho e como as políticas de emprego podem ser ajustadas para atender às necessidades da população.
Em 2024, 65,6 milhões de pessoas estavam fora da força de trabalho, o que representa 37,2% da população em idade de trabalhar. Este grupo inclui pessoas que não estão ativamente à procura de emprego, como aposentados, estudantes e donas de casa. O número de desalentados, ou seja, aqueles que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego, também caiu de 3,7 milhões em 2023 para 3,3 milhões em 2024. Essa redução é um sinal positivo, indicando que mais pessoas estão encontrando oportunidades de trabalho ou se sentindo motivadas a buscar emprego.
O IBGE também calcula a taxa de subutilização, que representa a força de trabalho “desperdiçada” no país. Em 2024, 19 milhões de pessoas estavam nessa situação, o que representa uma queda de 8,9% em relação a 2023. Apesar dessa redução, esse número ainda está 15,4% acima do menor nível da série, atingido em 2014. A taxa de subutilização caiu para 16,2% da força de trabalho ampliada, que inclui tanto os ocupados quanto os desocupados, refletindo uma melhoria nas condições de emprego.
Por fim, o rendimento médio dos trabalhadores em 2024 foi de aproximadamente R$ 3.225 por mês, um aumento de 3,7% em relação a 2023. A massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos os trabalhadores, alcançou R$ 328,6 bilhões, o maior valor da série, com um crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior. Esses dados indicam não apenas uma recuperação do mercado de trabalho, mas também um aumento na qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros, que estão vendo seus rendimentos crescerem em um cenário de melhoria econômica.