Governador do Rio afirma que houve um pré-julgamento sobre a conduta dos PMs que apontaram armas para filhos de diplomatas
Quase uma semana após a repercussão da abordagem policial a jovens negros filhos de diplomatas em Ipanema, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que os PMs envolvidos no caso estão sendo pré-julgados e que o Itamaraty só enviou um ofício ao governo do estado após “avacalhar” a polícia.
Castro criticou a postura de “crucificar” os policiais antes de a Corregedoria da Polícia Militar analisar se houve excessos na conduta dos militares. O governador também disse que “se estiverem errados, os agentes serão punidos”.
Aos jornalistas, Castro afirmou ter recebido informações sobre o depoimento de uma testemunha da abordagem e que ela teria dito à Polícia Civil não ter visto “nada de mais.”
“A imagem fria não quer dizer nada. No próprio depoimento dos garotos, eles dizem que todos foram revistados. E aí, eles falam que teria ocorrido uma truculência só com três deles. No depoimento desse funcionário, ele não relata isso. O que a gente está fazendo é deixar o devido processo legal fazer o julgamento.
Se tiverem que fazer reciclagem ou ser punidos, serão punidos dentro do erro — se tiverem cometido. Não vou crucificar o meu policial, porque ele está trabalhando para defender a sociedade. E eu acho que houve um julgamento precipitado, sobretudo, pelas autoridades federais que preferiram criticar antes de ligar para a gente, de saber o que aconteceu. Não vou criticar o meu policial.
Vou cobrar uma investigação séria e isenta.
Se for constatado que exageraram, terão uma punição dentro do que é a punição para esse tipo de erro. Se não forem, vida que segue”, disse Cláudio Castro durante a inauguração do programa de segurança Galeão Presente.