Como evitar patologias em lajes treliçadas: boas práticas desde a fabricação até a execução no canteiro

Eduard Zhuravlev
Eduard Zhuravlev
Boas práticas desde a fabricação até a execução no canteiro são essenciais para evitar patologias em lajes treliçadas, orienta Valderci Malagosini Machado.

As lajes treliçadas são amplamente utilizadas em obras residenciais pela combinação de leveza, resistência e praticidade. Valderci Malagosini Machado observa que a durabilidade dessas lajes depende diretamente do cuidado em cada etapa: fabricação, transporte, montagem e concretagem. Quando esses processos são conduzidos com rigor, as principais patologias são evitadas, garantindo um desempenho seguro ao longo dos anos. A atenção aos detalhes, mesmo nos procedimentos mais simples, costuma ser o fator que define se a laje se comportará como previsto ou apresentará falhas ao longo da vida útil.

Fatores críticos na escolha e na fabricação das lajes treliçadas

Segundo informa Valderci Malagosini Machado, o primeiro ponto de atenção está na qualidade das vigotas treliçadas. Elas devem apresentar soldas uniformes, armação alinhada e concreto bem adensado, evitando regiões frágeis que possam gerar fissuras posteriores. A compatibilidade entre o tipo de vigota e o vão do projeto também é essencial: dimensionamentos inadequados podem provocar deformações excessivas ou flechas visíveis logo após a desforma.

Outro fator decisivo é a escolha dos elementos de enchimento, como blocos cerâmicos ou EPS. Peças deformadas ou fora do padrão dimensional prejudicam o encaixe, comprometem o cobrimento mínimo e criam pontos de fragilidade. Uma seleção criteriosa dos materiais, acompanhada de fornecedores confiáveis, reduz consideravelmente o risco de patologias estruturais e melhora o comportamento da laje depois de concretada.

Boas práticas de montagem e cuidados antes da concretagem

Conforme analisa Valderci Malagosini Machado, a montagem correta da laje é uma das etapas mais críticas. O escoramento precisa ser firme, nivelado e posicionado com distâncias regulares para evitar deformações durante o lançamento do concreto. Quando o escoramento é falho, surgem empenamentos e flechas que se tornam visíveis no acabamento final do teto.

Evitar patologias em lajes treliçadas depende de controle de qualidade e execução precisa em todas as etapas, destaca Valderci Malagosini Machado.
Evitar patologias em lajes treliçadas depende de controle de qualidade e execução precisa em todas as etapas, destaca Valderci Malagosini Machado.

Outro ponto importante é a verificação do apoio das vigotas. Elas devem encostar integralmente sobre as paredes ou vigas, sem balanços inadequados. Ainda antes da concretagem, é fundamental revisar se os elementos de enchimento estão bem posicionados e se as treliças estão alinhadas. Erros nessa etapa se acumulam e resultam em falhas estruturais que aparecem com o tempo, como trincas longitudinais ou depressões na superfície da laje.

Execução da concretagem e o impacto da cura correta

A etapa de concretagem exige atenção total da equipe. Valderci Malagosini Machado ressalta que é essencial lançar o concreto de forma contínua, distribuindo o material de maneira uniforme sobre toda a superfície. Acúmulos localizados aumentam o peso em regiões específicas e podem causar deslocamentos das vigotas. O adensamento deve ser feito de modo adequado para evitar vazios internos, que prejudicam a resistência final da laje.

Logo após o lançamento, a cura do concreto não pode ser negligenciada. Ela garante hidratação adequada e evita retrações que resultam em fissuras superficiais. Em dias quentes ou com muito vento, a cura deve ser reforçada com umidade prolongada ou produtos específicos. Falhas na cura, mesmo que discretas, repercutem diretamente na durabilidade e na estabilidade da laje.

Onde pequenas falhas se transformam em problemas futuros

Nas lajes treliçadas, patologias surgem principalmente quando detalhes são ignorados. Apoios desalinhados, escoramentos insuficientes, concretagem mal distribuída ou vigotas inadequadas são erros simples, mas de grande impacto. Em muitos casos, o problema só aparece meses depois, quando o imóvel já está ocupado. Essa defasagem entre execução e sintoma dificulta a correção e aumenta os custos de reparo. Situações como essas mostram por que o acompanhamento técnico constante é indispensável para garantir um sistema confiável.

Por isso, como indica Valderci Malagosini Machado, investir em boas práticas desde o início é sempre mais econômico. A soma entre materiais adequados, execução cuidadosa e fiscalização constante transforma a laje treliçada em um sistema seguro, confiável e com excelente custo-benefício para obras residenciais.

Autor: Eduard Zhuravlev

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