Auditorias contínuas como exigência: o novo escudo de segurança do mercado cripto

Eduard Zhuravlev
Eduard Zhuravlev
Auditorias contínuas tornam-se o novo escudo de segurança do mercado cripto regulado, comenta Paulo de Matos Junior.

De acordo com Paulo de Matos Junior, auditorias contínuas como exigência ganharam protagonismo no mercado de criptoativos a partir da regulação conduzida pelo Banco Central e por outros órgãos de supervisão. A lógica deixou de ser a de fiscalizações pontuais e previsíveis, para dar lugar a um monitoramento constante, baseado em dados, rastreabilidade e indicadores de risco. Esse movimento muda profundamente a forma como as empresas se organizam internamente.

A adoção de auditorias permanentes tem um objetivo claro: reduzir irregularidades antes que elas ganhem escala, evitando danos ao investidor e ao próprio sistema financeiro. Desvende ainda mais sobre esse tema na leitura a seguir:

Auditorias contínuas como exigência no ambiente regulado de cripto

Auditorias contínuas como exigência tornam-se o eixo de um mercado que pretende deixar para trás a imagem de “território experimental” e se consolidar como parte estruturada do sistema financeiro. Conforme apresenta Paulo de Matos Junior, a regulação recente estabelece que empresas de criptoativos operem com padrões de governança e controle similares aos de bancos e grandes fintechs. 

Esse novo padrão exige mudança cultural dentro das organizações. Auditorias contínuas como exigência significam que processos improvisados, controles informais e decisões não documentadas deixam de ser tolerados. Assim, as empresas precisam construir trilhas de evidências, manter registros atualizados, documentar políticas e demonstrar que conseguem identificar, reportar e corrigir desvios com rapidez. 

PSAVs e empresas de câmbio

Auditorias contínuas como exigência impactam diretamente PSAVs e empresas de câmbio que desejam operar de forma regulada no Brasil. Como elucida Paulo de Matos Junior, o processo de autorização passa a considerar, não apenas a capacidade técnica inicial, mas a estrutura de controle que sustentará a operação no dia a dia. Isso inclui ferramentas de monitoramento transacional, protocolos de detecção de operações atípicas, trilhas de auditoria em sistemas e governança sobre quem pode acessar.

Segundo Paulo de Matos Junior, auditorias contínuas reforçam confiança e reduzem riscos sistêmicos.
Segundo Paulo de Matos Junior, auditorias contínuas reforçam confiança e reduzem riscos sistêmicos.

Além disso, auditorias ininterruptas exigem integração entre áreas que antes trabalhavam de forma isolada. Jurídico, compliance, tecnologia, comercial e operações precisam compartilhar dados e relatórios, permitindo que o auditor tenha uma visão clara da exposição a riscos. Dessa forma, auditorias contínuas como exigência criam, assim, oportunidades para empresas de tecnologia que desenvolvem soluções de análise de dados, trilhas de logs, KYC automatizado e monitoramento em tempo real. 

Confiança do investidor pessoa física

Auditorias contínuas como exigência também possuem efeito direto sobre a percepção de segurança do investidor pessoa física. Assim como destaca Paulo de Matos Junior, quando o usuário sabe que uma empresa é autorizada e submetida a monitoramento constante, a assimetria de informação diminui. A plataforma deixa de depender apenas de marketing para construir credibilidade e passa a ser avaliada também por seu histórico de conformidade e sua transparência em relatórios.

Nesse sentido, outro ponto importante é o efeito educativo da regulação. Auditorias contínuas como exigência reforçam a ideia de que criptoativos não são sinônimo de descontrole, mas de inovação dentro de parâmetros conhecidos, como ocorre em mercados maduros. Ademais, o investidor aprende a perguntar se a empresa está regulada, se passa por auditorias recorrentes e se adota padrões reconhecidos de segurança digital e proteção de dados. 

Auditorias contínuas como exigência e vantagem competitiva

Em suma, auditorias contínuas como exigência consolidam um novo paradigma para empresas que atuam com criptoativos, câmbio e soluções financeiras digitais. Em vez de enxergar a regulação apenas como custo, os players mais preparados passam a tratá-la como alavanca de reputação, proteção e acesso a capital qualificado. Para Paulo de Matos Junior, modelos ilegais e estruturas frágeis tendem a desaparecer, justamente porque não conseguem se sustentar em um ambiente de monitoramento permanente.

Autor: Eduard Zhuravlev

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